Revista AcordAI!

About AcordAI Magazine

Concepção e Estrutura da Revista em Quadrinhos "HQ AcordAI"


Título:
HQ AcordAI - por novas ontologias e epistemologias poieticas

Concepção Geral
Idealização e Criação:
Paola Cantarini
Participação Especial: Willis S. Guerra Filho

Objetivos Gerais da HQ

Democratizar o conhecimento sobre Inteligência Artificial (IA), filosofia e governança algorítmica.

Criar uma linguagem acessível, visual e poética que articule saberes críticos, estética e tecnopolítica.

Estimular a imaginação política como ferramenta de resistência epistêmica e emancipação tecnológica.

Fundamentos Conceituais

AcordAI como chamada poética e performática: une "acordai" (despertar), "acordo", "corda", "IA" e "insurgência".

PoeticAI: IA poética, insurgente, decolonial, situada, sensível e imaginativa.

Crítica à IA hegemônica: reprodução de desigualdades, colonialismo digital, viés automatizado.

*Inspirações teóricas: Heidegger, Bachelard, Artaud, Ruha Benjamin, Yuk Hui, Deleuze, Nietzsche, Walter Benjamin, Boaventura de Sousa Santos, Mangabeira Unger, Zuboff.

Propostas correlatas: Just Data Lab, Data for Black Lives, Our Data Bodies, Afrofuturismo, tecnodiversidade.

*Universo Narrativo e Estética

Universo ficcional crítico com forte base filosófica e poética.

Estética misturando glitch art, poética visual, simbolismo e afrofuturismo.

Metáforas visuais e conceituais: gato de Schrödinger, caixa de Pandora, poética da indeterminação, insurgências quânticas.

Ambientes: subterrâneos poético-digitais, centros de resistência, hacklabs imaginários.

*Personagens Principais

Violeta Algor: estudante de filosofia, negra e asiática, brasileira, sensível, poética e crítica.

Gaia: artista rebelde, moradora dos canais subterrâneos de Paris, revolucionária, intensa e lúcida.

Mestre Zen: figura enigmática zen-apocalíptica, que fala por enigmas e silêncios.

Personagens históricos em formato holográfico: invocação simbólica do pensamento crítico filosófico.

Finalidade Política e Estética

Produzir um manifesto em linguagem visual, poética e acessível.

Profanar o código algorítmico hegemônico.

Oferecer novas possibilidades de governança técnico-poética da IA.

Reencantar a técnica com a imaginação, a arte e o sonho coletivo.

Promover uma IA como bem comum, profanar a IA, devolver a IA e a filosofia ao lugar comum, às ruas, pela estética e pela filosofia.

Proposta Metodológica

Interdisciplinaridade radical: filosofia, IA, sociologia da técnica, estética, arte política.

Epistemologias do Sul + teoria crítica + imaginação insurgente. Tecnopoética como método de crítica e criação.
Descolonizar o próprio pensamento, democratizar a própria democracia

Revista AcordAI - edição 01 - Sobrevivendo ao século XXI - Encontro com Sócrates - trata-se de retratar parte da "Apologia de Sócrates", aqui reconfigurada, não uma defesa contra acusação contra si e pena de morte como ocorreu com o filósofo, mas trazer o tom hilário do mestre que no fim da cena sugere fazerem o sacrifício de um galo ao Deus da medicina e cura, Asclépio, filho de Apolo, como uma forma de expressar sua gratidão e reconhecimento pela cura que recebeu. Este gesto não era apenas uma oferta religiosa, mas sim uma forma de agradecer a Asclépio por ter restaurado sua saúde, tanto física quanto espiritual. Aqui no sentido de pharmacon, onde está o perigo também está a salvação? Visa-se trazer, de forma lúdica e de forma a democratizar a linguagem, importantes reflexões filosófica e o pensamento de autores consagrados. O pensar meditativo por meio do questionamento constante, próprio da filosofia e da zetética, como um ponto central do pensamento crítico e que se contrapõe ao cálculo algorítmico, com base em redução da realidade e pois, empobrecimento desta.

Revista AcordAI - edição 02 - Encontro com notáveis - o jogo do jaguar - A edição traz dois personagens centrais para o Direito, Hans Kelsen e Carl Schmitt, apesar de suas diversas concepções e trajetos pessoais e profissionais. Ainda foca em questões centrais dentro do estudo científico de qualquer temática como a questão da ideologia, pois é algo sempre presente no ser humano mas como em parte inconsciente, muitos não têm o estado alerta necessário para visualizar tal elemento. O importante é tornar consciente de sua existência, pois é algo inseparável do ser humano, e mesmo discursos que tentam primar por absoluta neutralidade e ao afirmar que não possuem caráter ideológico, caem no mesmo problema: a ideologia da negação da própria ideologia.

AcordAI - edição 03 - No king!A presente edição apresenta 2 personagens que viveram durante a época da Revolução Francesa, sendo contemporâneos desse período histórico crucial. Marquês de Sade e Conde de Mirabeau. Iremos conversar sobre este importante período histórico e trazer reflexões sobre acontecimentos dos dias atuais, inspirados na proposta de Foucault da filosofia do acontecimento, ou seja, colocar a filosofia a serviço de pensar problemas urgentes da atualidade e conjugando-se com a proposta e crítica de K. Marx de que os filósofos apenas interpretam o mundo e que o importante seria modificar este, tentando aqui trazer uma aproximação entre teoria e prática. Aborda-se ainda conceitos como da lógica fuzzy e a temática da linguagem reduzida via algoritmos de IA, com base na reprodução, representação e simplificação da complexidade e multiplicidade próprias do mundo e do ser humano, em uma linguagem binária e calculada. Mais do que propostas com base em mudança superficiais ou incrementais, a exemplo da proposta de Cass R. Sustein (“Republic divided democracy in the age os social media”, 2017) entendemos que precisaríamos de mudanças substanciais e de pensamento disruptivo. Quantizar as humanidades indo além de meros botões de pontos de vista e de serendipidade para, por exemplo, mudar a lógica por traz das redes sociais com base em conteúdo que viraliza, economia da atenção por meio de práticas que visam a manutenção da atenção ao máximo, e possível captologia e manipulação comportamental e emocional. Conjuga-se com a temática da revolução francesa as manifestações que estão a ocorrer em diversas cidades nos Estados Unidos hoje dia 15.06.25 em críticas ao governo de Trump, sob o slogan “no king”, e pensar também em questões correlatas no Brasil, com a investigação no STF sobre crimes de atentado contra o Estado Democrático de Direito e sobre uma possível nova lei de anistia envolvendo os acusados. Outras temáticas correlatas referem-se a interpretação da 1 emenda da Constituição dos Estados Unidos no sentido de um direito quase que absoluto de liberdade de expressão, impossibilitando qualquer responsabilização das redes sociais por moderação inapropriada ou ausente de conteúdo postado. Tal intepretação se baseia em aspectos absolutistas, em um anacronismo histórico pois desconsidera que a emenda constitucional é de 1791 quando a sociedade era agrária e a mídia limitada, em uma sacralização da emenda, transformando-se em defesa ideológica do status quo, impedindo adaptações necessárias que protegeriam a democracia na era digital. Tal análise se fundamenta em autores como Jeremy Waldron, Tim Wu, Shoshana Zuboff, Safiya Noble, Noam Chomsky, Mangabeira Unger, apontando para um fetichismo constitucional, falsa neutralidade e determinismo jurídico.